terça-feira, agosto 16, 2011

Maturidade

Hoje, almoçando com um amigo, ele me disse que a maturidade se verifica por três características:
- Um certo equilíbrio de ânimo;
- A capacidade de julgar (ver) a si mesmo a às situações com clareza;
- A capacidade de tomar decisões ponderadas na vida.

Ainda não sei como chegar lá, mas ter uma direção pode ser útil.



quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Paixão

Por que a paixão não é amor verdadeiro?

1) Não é um ato da vontade nem uma escolha consciente.

2) Não implica nenhum esforço de nossa parte.

3) Não busca o crescimento pessoal, nem do indivíduo nem daquela pessoa por quem este nutre a paixão. Pelo contrário, a sensação é de que se chegou onde se deveria, e não é necessário crescer mais.

O que é a paixão, então?

A paixão é um componente instintivo e geneticamente determinado do comportamento de acasalamento. Em outras palavras, é um colapso temporário das reservas do ego que constituem o apaixonar-se; é uma reação estereotipada do ser humano a uma configuração de tendências sexuais internas e estimulações sexuais externas, as quais se designam ao crescimento da probabilidade da união e do elo sexual, tendo em vista a perpetuação da espécie.

(M. Scott Peck, A trilha menos percorrida, Rio de Janeiro: Record, 2002)

domingo, novembro 28, 2010

Creio no dever de buscar a verdade


"Uma coisa, entretanto, posso afirmar e provar com palavras e atos: é que nos tornamos melhores, mais ativos e menos indolentes, se cremos que é um dever procurar o que ainda não sabemos, do que se considerarmos impossível e estranho ao nosso dever a busca da verdade desconhecida. Isto sustento contra todos, pelos meus discursos e pelas minhas ações, tanto quanto me seja possível."

(Sócrates. Trecho do diálogo de Platão: Mênon)

sábado, janeiro 02, 2010

Sempre do seu lado

Fidelidade.
Lealdade.
Recados de Deus.

domingo, julho 06, 2008

Viver Para

Quantos anos ainda tenho, e o que farei da minha vida? O que o futuro esconde? Pode um homem mudar o seu destino? -Um homem faz o que pode, até que o seu destino lhe seja revelado?
Velho tema...
Desde sempre, um único código. Fazer da vida algo grande. Algo que valha a pena. Algo que encha de sentido uma existência sobre a terra.
Como? -Se eu soubesse como... -Uma eterna busca. Buscar sempre o melhor. O mais sublime. O mais alto. O perfeito... O Infinito... -Por inatingível que pareça.
E o que faço agora? Agora é só o que temos. Esse será meu último agora.
Viver com heroísmo, morrer com honra. Deixar um rastro de amor.
Exemplo. Admiração.
Terá valido a pena.
Com a graça de Deus saberei suportar a humilhação da derrota. Render-me, jamais. Não vou me entregar nunca. Nunca! Morrer lutando. E fecundar com cada gota de sangue um novo sentimento nobre, senão no meu próprio peito, no de outrem.
Ao fim e ao cabo, que pequenos, que pequenos somos...
Meu Deus, estou aqui, agora. EU QUERO.
Livrai-me do mal de uma existência vil e mesquinha, apoucada e medíocre. Vim à batalha para vencer ou para morrer lutando.
Um brado de guerra. Mudo. Esse serei eu.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Comentando...

Tanto Hobbes quanto Rousseau debruçaram-se sobre o mistério do mal.

Se todos queremos ser felizes, por que não juntamos forças para consegui-lo definitivamente? -Todos sabemos por experiência que isso não funciona.

A análise de Hobbes é interessante. Ele observa o egoísmo, o orgulho e a vaidade como elementos da natureza humana causadores de infelicidade (não há felicidade sem paz e segurança). Ele parte, ao que me parece, da constatação do mal no mundo. Mas me parece que ele propõe um conformismo com essa dura realidade. Em pequena escala Hobbes chega numa cumplicidade cínica. "Admitamos: no fundo, odiamo-nos."

Já Rousseau me parece ingênuo ao crer piamente no homem bom. O que acontece quando o homem se entrega a seus instintos naturais? Nesse sentido, acho que a visão de Hobbes aproxima-se mais da nossa experiência cotidiana. Parece ser mais fácil ser mau do que ser bom. Entretando, Rousseau é mais otimista quando propõe uma busca do homem perdido, da bondade original do homem.

A visão cristã-semita concilia essas idéias afirmando que o homem foi criado por Deus em estado de perfeição, de plenitude e bondade. É a doutrina do pecado original quem afirma que houve um problema: nossos ancestrais se desentenderam com Deus, e perderam de alguma forma a natureza original do ser humano, ficando inclinados ao mal (ao pecado).

A natureza original do homem é boa, porque saiu das mãos de Deus que fez tudo e "viu que era bom".

A natureza caída é a que temos hoje. Nostálgica de plenitude e de felicidade, mas inclinada ao mal.

Diferentes pontos de vista sobre a natureza humana.

O homem: natureza má.

Hobbes (1588-1679) – filósofo empirista inglês, materialista e mecanicista – afirma que o homem, em seu estado natural, busca dominar e escravizar seus semelhantes.

O homem, por natureza, procura ultrapassar todos os seus iguais: ele não busca apenas a satisfação de suas necessidades naturais, mas, sobretudo, a satisfação de pisar nos outros. O homem é predador do próprio homem: o homem é o lobo do homem. Os seres humanos são, por natureza, capazes do pior. O amor e outras similares emoções positivas tendem a esboroar-se perante a própria irracionalidade e agressividade inerentes ao ser humano.

Assim sendo, para viabilizar sua sobrevivência em grupo, o homem cria o pacto social, uma espécie de trégua na guerra de todos contra todos para estabelecer a paz e a segurança.


O homem: natureza boa.


Rousseau (1712-1778) – filósofo iluminista e enciclopedista francês – afirma exatamente o contrário no que diz respeito ao estado natural do homem. Afirma que o homem é bom por natureza, e que a sociedade é que o corrompe. O problema não está no homem em si, mas nos defeitos do sistema, nas falhas desse pacto social que Hobbes outrora apontara como sendo o atenuador do gigantesco egoísmo humano.

segunda-feira, julho 31, 2006

Eu só quero é ser feliz... (cantava o funk)

(Faz tempo que não ponho idéias aqui, o que não significa nada. Por que continuar organizando esses conceitos de racionalista ateu rondando o mistério da religião? -Não estou nem mesmo convencido de que é isso o que estou fazendo.

Mas chega, por ora, de tratar da moralidade. Moral é a arte de viver bem. Conduz à feliicidade.)

Conversava eu com um amigo do Canadá, sobre o fenômeno religioso. Ele é historiador. Parece que a religião é um fenômeno presente desde sempre, em todas as sociedades e em todas as culturas, algo que está de certa forma presente em todo ser humano.

Por que será? O ser humano tem uma sede de transcendência que lhe é natural. Uma sede que não só o faz buscar a saciedade, mas que também o consome nessa vida de todos nós.

Parece que está sempre faltando alguma coisa. Há um vazio infinito, um buraco que não tem mais fundo na alma de cada qual.

E se há sede, havemos de buscar a água. Somos assim.

Para cada necessidade humana, da primeira à última, deve existir um bem capaz de saciá-la. Para a fome a comida, para a sede a água, para o cansaço sono, para a solidão o outro.

E todo mundo sente a irremediável vontade de ser feliz. É nossa vontade mais forte, é quase um segundo instinto de sobrevivênicia (que pode eventualmente levar alguém a pôr fim na própria vida).

O que está faltando? Esse buraco sem fundo, como eu tapo? Esse vazio infinito, essa nostalgia de plenitude, o que eu faço com isso?

Somos levados a buscar algo que nos transcenda. Nada do que temos nas mãos ou diante dos olhos ou em nós parece ser o que estamos procurando.

Queremos ser felizes e não sabemos como. Daqui nasce a busca de Deus. Alguém que nos quebre esse galho.

Na largada da vida, partimos todos em busca de algo. E se não houver esse algo? Se simplesmente isso não existir? -Não seria a vida uma terrível piada de mal gosto? -Não importa, vamos sempre continuar procurando, ainda que morramos todos tentando.